JEAN-FRANÇOIS CHAMPOLLION

Este francês entrou na história como o homem que conseguiu desvendar os hieróglifos do antigo Egito. Em 1799 um oficial francês do exército de Napoleão descobriu a pedra Roseta, o oficial Bouchard encontrou a pedra de basalto preta na cidade que hoje se chama “Rashid”. A pedra roseta mede 114 cm de altura e 72 cm de largura. A pedra roseta ficou no instituto do Egito até que em 1801 os ingleses a levaram ao museu Britânico.




Na rua Mazarine, em Paris, no dia 14/07/1822, Champollion que na época tinha 31 anos mas com a saúde debilitada aparentava 40 anos., desvendou o significado dos hieróglifos. Champollion descobriu que os hieróglifos era uma mistura de ideogramas e símbolos fonéticos.



Em um dos cartuchos ( conjunto de hieróglifos rodeado por um círculo e usado para assinar o nome de um Faraó), Champollion pegou um que tinha um círculo, uma letra com três pernas e três espigas em cima e em seguida duas bengalas. O disco ou círculo avermelhado, Champollion já sabia que significava “ Rá” , o deus sol e que as duas bengalas era o fonema “ss”, então o francês deduziu que o sinal ou letra de três pernas e três espigas deveria ser a letra “m”, assim, Champollion descobriu o nome do faraó “RA-M-SS” ou “ RAMSÉS”
Champollion passou a se proclamar como MIAMON (BEM-AMADO DE AMON), nos dois últimos anos da sua vida escreveu a GRAMÁTICA EGÍPCIA”. Descobriu também que os hieróglifos se modificavam dependendo do lugar onde era gravado, podia ser escrito da esquerda para direita ou vice-versa, em colunas, ou linhas.



Champollion teve uma vida dura e difícil, era o filho caçula e era desprezado por seu pai que mal dava assistência em casa e era um beberrão. Sua mãe nunca lhe deu atenção, falava-se que ele era fruto de uma relação adúltera da sua mãe com outro homem. Seu irmão de doze anos de idade, quando ele nasceu tornou-se se “padrinho”, devendo-se a este o esforço de tornar Champollion o grande sábio que foi.
Jacques não mediu esforços para auxiliar seu irmão a estudar em boas escolas. Mas Champollion era um super-dotado pois o seu prazer com 14 anos era se dedicar a estudar a gramática chinesa e árabe. Com 17 anos Champollion já era um gênio, que dominava várias línguas antigas e extintas, cerca de 6 línguas.
Champollion não foi feliz no amor, amou duas mulheres mas barreiras sociais impediam de concretizar seu romance, uma delas era casada. Quando viajou para o Egito já com mais de 30 anos ficou encantado e disse que se sentia em casa, tendo percorrido por todos os sítios arqueológicos.





Champollion morreu prematuramente com 42 anos, mas deixou como legado uma das maiores descobertas arqueológica-linguistica que a humanidade desvendou, o significado dos hieróglifos. Pesquisadores no mundo inteiro vinha a séculos estudando o significado dos hieróglifos, língua extinta antes de Cristo, mas este excepcional francês teve a honra de desvendar este mistério e abrir as cortinas para o entendimento do Egito antigo. Um dos seus concorrentes na busca pela tradução dos hieróglifos, o inglês Henry, profundo estudioso dos assuntos do Egito, certa vez confessou que tinha desistido de competir com Champollion devido os avanços inalcançáveis que o francês já tinha chegado na corrida pela tradução dos hieróglifos.